quarta-feira, 28 de novembro de 2007

4ª Jornada da Liga dos Campeões

Sporting-2 Roma-2 (1-1Liedson 22', 2-1 Liedson 64')

Se o termo injustiça existe, então este empate a duas bolas com a principal equipa da Capital Romana é a prova disso mesmo.
Quem olha para o placard e vê o resultado dirá que foi um bom resultado para o Sporting, mas quem viu o jogo e sobretudo quem assistiu à partida em Alvalade, certamente saberá tão bem como eu, que memória de uma crueldade tão grande não haverá.
Vínhamos de uma derrota injusta (na minha opinião) em Roma. Mas no entanto, posso facilmente justificar esse desaire (1-2 em Roma será facilmente um resultado que para quem não viu o jogo possa considerar normal) com dois ou três erros infantis que nos sairam muito caro. O último deles deu o golo a vitória aos italianos.
Mas como dizia, para poder continuar a sonhar com a passagem aos 8os Final da Champions o Sporting tinha obrigatoriamente de ganhar aos Romanos em casa. Mas o o jogo começou da pior maneira possível; aos 4mis, Cassetti, que jogava a lateral esquerdo improvisado, aproveita a passividade da nossa defesa e no flanco esquerdo, fecte para o centro fazendo a chamada "cortina" e remata com o pé direito em arco para o poste mais longe, fazendo assim um golaço a... Tiago.
Começou realmente mal o jogo! Havia agora todas as condições para os da Capital Italiana (sem a principal figura, Totti) fazerem o seu jogo.
Eu só pensava "foda-se" e espumava de raiva. Como é que num jogo destes, aos 4 mins e naturalmente no 1º remate à baliza já estávamos em desvantagem?!
Acreditei que a noite iria ser para esquecer. Mas o Sporting não baixou os braços e foi tomando conta do jogo e marcou mesmo num lance polémico por Liedson (noite inspirada), mas o árbitro prontamente anulou o lance. Mas de qualquer maneira, de uma forma normal, o golo haveria de surgir. E veio mesmo! Liedson aproveita para marcar um golo fácil após uma excelente combinação atacante Verde e Branca! O Estádio entrou em erupção! Mais do que um golo, era um golo de raiva que vinha dar alento à Equipa!
E com o Sporting a fazer uma joga inacreditável e a criar oportunidades que banalizavam a Roma (ou seria um Barreirense ou algo do género?) chegávamos ao descanso. O resultado era então muito bom para os transalpinos.
No recomeço do jogo o Sporting, como era de esperar, acalmou um pouco o ritmo de jogo. Mas mesmo assim, a Roma continuava a fazer um jogo ridículo digno de equipazeca de Superliga. A verdade, é que desde o golo, eles não mais voltaram a rematar. Ridículos... O Sporting, vendo-se perante uma equipa banal, decidiu aproveitar para conseguir um resultado Histórico perante uma equipa respeitada na Europa. E assim, após muito insistir, com as Claques a darem um enorme Festival e num daqueles cantos cantos à maneira curta que tanto me irriam, no lado esquerdo, uma boa combinação permite a Izmailov entrar na área e desferir um violento remate que ia passar perto do segundo poste... onde aparece Liedson a pôr corajosamente a cabeça na bola e fuzila a baliza Italiana! Foi inesquecível! Um golaço e uma explusão de alegria que me fez agarrar a um preto ao meu lado. Estava feita justiça no marcador!
E como era de prever, os Leões acalmaram o seu ritmo de jogo, pois jogar a este ritmo e tão, mas tão bem, como há muito tempo não via, era motivo para "descansar" um pouco e tentar controlar o jogo e fazer o que a Roma tentava fazer desde o princípio do jogo. Jogar com calma e posse de bola era agora o lema.
Mas acontece que aos 89 mins de jogo, num livre estúpido, Pizarro remata (o 2º remate do jogo...) sem perigo mas bola bate em João Moutinho e depois em Polga e entra na baliza traindo completamente Tiago. Estava feito o cruel resultado, num jogo em que o Sporting só deveria ter ganho. Nem sei o que sentia, mas pela cabeça só me perguntava cmo é que eles tinham lata de festejar um empate tão ridiculo como
injusto...
Perdemos assim dois pontos e a possibilidade de lutar pela passagem (não matemática) à faze seguinte, pois o calendário não nos é nada fácil.
Fica-me na cabeça que se jogamos mal perdemos, se jogamos muito bem não ganhamos, se apanhamos uma equipa fraca, ela faz-nos a vida negra, se apanhamos um colosso ou nos cilindra, ou se esse mesmo colosso jogar mal, acaba por ter a fortuna do seu lado. Ser do Sporting é isto, ser d Sporting é ter desilusões, é sofrer....
Estádio José Alvalade Relvado em bom estado 32 273 espectadores
Frank de Bleeckere [Bélgica] Peter Hermans + Alex Verstraeten Johan Verbist
Sporting
Treinador Paulo Bento
16 Tiago GR
78 Abel LD
13 Tonel DC
4 Polga DC
8 Ronny LE
24 Miguel Veloso MD
7 Izmailov MO a 89'
28 João Moutinho MO
30 Romagnoli MO
20 Yannick Djaló AV a 63'
31 Liedson AV

1 Rui Patrício GR
26 Gladstone DC
5 Paredes MD
10 Vukcevic MO d 63'
21 Farnerud MO
25 Pereirinha MO d 89'
9 Purovic AV

GOLOS
1-122' Liedson
2-164' Liedson
Amarelos 58' Abel 81' Miguel Veloso
VERMELHOS Nada a assinalar
Roma Treinador Luciano Spalletti
32 Doni GR 3 Cicinho LD 5 Mexès DC a INT 4 Juan DC 77 Cassetti LE 16 De Rossi MD 7 Pizarro MD 14 Giuly AD a 90' 20 Perrotta MO a 80' 30 Mancini AE 9 Vucinic AV 1 Curci GR 21 Ferrari DC d INT 15 Antunes LE 29 Barusso MD 33 Brighi MO d 90' 26 Pit MO 18 Esposito AV d 80'
GOLOS
0-14' Cassetti
2-289' Polga [ag]
Amarelos 29' Cicinho 44' Vucinic 67' Perrotta
VERMELHOS Nada a assinalar
2 Tiago
Noite extremamente ingrata para o guarda-redes leonino, que, sem ter responsabilidade directa em nenhum dos lances, sofreu dois golos sem que tivesse efectuado uma única defesa. É caso para dizer que foi um perfeito espectador, até nos momentos em que viu a bola entrar na sua baliza.

3 Abel
O seu espírito é louvável e reflecte-se na agressividade com que concede profundidade ao flanco direito verde e branco. Ontem, além de meter no bolso Mancini, ainda foi uma das principais armas ofensivas da equipa: aos 13' quase marca, com a ajuda de Doni, num remate de longe e, aos 64', só um desvio de De Rossi o impede de fazer o golo, já em plena área do Roma.

3 Tonel
Exibição sóbria e de plena eficácia na missão de impedir Vucinic de encontrar o caminho da baliza. Pecou apenas por um erro de avaliação no lance que culminou com o golo de Cassetti.

3,5 Polga
Para quem tivesse dúvidas, a presença do campeão do mundo fez toda a diferença na segurança do sector defensivo, tendo a partida do Olímpico como termo de comparação. É impossível enumerar todos os lances de profunda classe que protagonizou - e até esteve perto do golo, com dois remates fortes, aos 16' e aos 50' -, tanto como é profundamente injusta a forma como fica ligado ao golo do empate: é nas suas costas que embate o remate que, de forma fortuita, enganou Tiago.

3 Ronny
Fazendo do seu pé esquerdo a habitual ameaça no momento de cruzar para a área adversária, foi mesmo a defender que mais se destacou: caiu-lhe em sorte Ludovic Giuly, mas a presença do francês nem se notou.

3 Miguel Veloso
Começou de forma algo titubeante - o primeiro golo do Roma nasceu de uma perda de bola sua -, mas assimilou e potenciou a reacção da equipa leonina. Pautando com mestria o início da manobra ofensiva, apareceu ainda por diversas vezes em zona de tiro, mas o remate nunca lhe saiu na perfeição.

3,5 João Moutinho
Os 90 minutos de ontem demonstram porque lhe assenta tão bem a braçadeira - como se isso ainda fosse necessário… Incansável e insuperável na missão de encurtar os espaços ao adversário, foi uma fonte inesgotável na criação de lances ofensivos para os companheiros. A alma deste miúdo enche um relvado, e só lhe faltou pontaria no momento do remate: tentou-o com perigo aos 47', mas foi aos 45'+2', após assistência de Izmailov, que esteve mais perto de marcar.

4 Izmailov
O médio russo esteve extremamente activo e, quer como interior quer, no segundo tempo, mais solto no corredor, imprimiu um notável grau de intensidade ao seu jogo e ao futebol do Sporting. Se é de um passe seu que nasce o primeiro golo leonino, a participação no segundo é ainda mais decisiva: ludibria um adversário e dispara um cruzamento/remate que a cabeça de Liedson desvia para a baliza.

3,5 Romagnoli
Verdadeiro dínamo do futebol ofensivo verde e branco, o argentino é hoje, também, um jogador que reflecte o espírito pretendido por Paulo Bento. Continuando a desequilibrar com o posicionamento entre linhas e a constante invenção de espaços e linhas de passe, deslumbra pela entrega à partida e pelas bolas recuperadas.

2 Yannick Djaló

Foi, de entre os jogadores de campo, quem mais destoou do elevado nível competitivo exibido pelo Sporting. Sérias dificuldades no domínio da bola e na tomada de decisões prejudicaram a sua exibição e, claro, os objectivos do colectivo, mas a garra que aplicou foi importante, sobretudo no lance do primeiro golo. É a ameaça da sua presença que leva ao desentendimento entre Mexès e Doni, que culminou com o primeiro de Liedson.

2 Vukcevic
Entrou para permitir a transformação do 4-4-2 num mais amplo 4-2-3-1 e comemorou de imediato o 2-1. Excepção feita a um grande lance individual, foi pouca a sua contribuição ofensiva.

1 Pereirinha
Entrou a um escasso minuto do fim do período regulamentar, rendendo Izmailov, mas apenas teve tempo para sofrer com o inesperado golo do empate. Ainda tentou ajudar a levar a equipa para a frente nos derradeiros instantes, mas nada havia a fazer.
A ESTRELA
4,5 Liedson
O número de golos apontados nesta edição da Liga dos Campeões, feito que o coloca entre os melhores marcadores da prova.
3
O 31 demorou a marcar o seu primeiro golo na Champions, mas parece ter-lhe tomado o gosto. Ontem, apontou dois, num "bis" que só por manifesta infelicidade não garantiu o triunfo. Se, no primeiro (4'), estava no sítio certo para empurrar para a baliza, depois de um desentendimento entre Doni e Mexès, no segundo é fantástico o mergulho que lhe permitiu desviar para a rede o cruzamento/remate de Izmailov (64').
Frenético
O ritmo que imprimiu ao longo de todo o jogo, sem conceder um segundo de descanso aos centrais romanos, para quem foi constante - e aguda - dor de cabeça. Valeu pelos golos que marcou e pela intensidade constante. Jorge Coroado e Rosa Santos aceitam decisão do árbitro

Golo anulado aos 13'
Aos 13', Abel rematou forte, ainda de longe, Doni andou aos papéis, e a bola acabou por entrar na baliza do Roma, tocada por Liedson, só que o árbitro anulou o lance por eventual falta do número 31 leonino. Soares Franco e Paulo Bento não concordaram, mas, para Jorge Coroado e Rosa Santos, dois árbitros do Tribunal de O JOGO, o belga decidiu bem. "O guarda-redes já tinha a bola na mão e sofreu falta. Podia até só ter um dedo em cima da bola", explicou Jorge Coroado. "Pareceu-me falta", disse Rosa Santos.
Revista de Imprensa

La Gazetta dello Sport
A equipa romana conquistou a vantagem muito cedo, com um golo de Marco Cassetti, mas o Sporting conseguiu dar a volta ao marcador com um "bis" de Liedson. No minuto 90, quando já nada o fazia prever, o Roma chegou ao empate com um autogolo de Anderson Polga, na sequência de um livre cobrado por David Pizarro, aproximando o clube da qualificação para a fase seguinte, agora que tem três pontos de vantagem sobre a formação portuguesa.

L'EQUIPE
O Roma arrancou um empate (2-2) no reduto do Sporting, em Portugal, graças a um golo de Pizarro no último minuto (atribuído a Polga), garantindo três pontos de avanço sobre este adversário. Por sua vez, o Manchester United cilindrou o Dínamo de Kiev (4-0) e garantiu a qualificação para os oitavos-de-final. Com 12 pontos - quatro jogos, quatro vitórias -, os "red devils" já não podem ser eliminados neste Grupo F.

SKY SPORTE
Um remate de David Pizarro no último minuto deu o empate ao Roma, por 2-2, em Lisboa frente ao Sporting. O tiro de Pizarro, de fora da área, foi desviado por Polga e conduziu o Roma ao segundo lugar do Grupo F. Marco Cassetti tinha dado vantagem aos italianos, mas Liedson, com dois tentos, ainda tentou colocar o Sporting na posição de vencedor. Este resultado deixa o Roma em segundo lugar com sete pontos, mais três que o Sporting.

Uefa.com
Com um autogolo de Polga no último minuto, o Roma chegou ao empate (2-2), num jogo que era crucial para as aspirações do Sporting para conseguir a qualificação no Grupo F da Liga dos Campeões, atrasando-se agora na luta por um lugar nos oitavos-de-final.
Mais longe do sonho devido a golo bizarro

MANUEL CASACA
O empate em casa com o Roma fez com que o Sporting deixasse de depender apenas de si nas contas do apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Os leões estiveram a ganhar por 2-1 com dois golos do inevitável Liedson e tiveram tudo na mão, já que, em caso de vitória, ficariam com os mesmos seis pontos dos romanos, mas com vantagem no confronto directo, face ao empate conseguido em Itália. Um autogolo de Polga, porém, ao tentar desviar um remate de fora da área de Pizarro, restabeleceu a igualdade aos 89 minutos.
Caso o Roma vença um dos dois jogos que ainda tem pela frente - em Kiev e em casa com o Manchester United -, a equipa de Paulo Bento ficará afastada do sonho de conseguir pela primeira vez o apuramento para os oitavos-de-final da "Champions". Restará, nessa altura, garantir a qualificação para os 16 avos-de-final da Taça UEFA, algo que até poderá ser assegurado no próximo dia 27, dia em que o Sporting vai a Old Trafford defrontar o Manchester United e o Dínamo de Kiev recebe o Roma.
Os "red devils", juntamente com o Arsenal, são os primeiros a garantir o apuramento para os oitavos-de-final. O United soma por vitórias os quatro jogos disputados - ontem derrotou o Dínamo de Kiev, num jogo em que Nani foi titular e Cristiano Ronaldo marcou um golaço -, enquanto o Arsenal cedeu os primeiros pontos nesta primeira fase (empatou em Praga), mas carimbou o passaporte antecipadamente.
Barcelona, Inter e Sevilha, sem Deco, Figo e Duda, respectivamente, todos devido a lesão, ganharam ontem e já têm um pé nos oitavos-de-final, enquanto o Estugarda, de Fernando Meira, perdeu em Lyon e tornou-se na primeira equipa a nem conseguir o apuramento para a Taça UEFA.

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