quarta-feira, 17 de outubro de 2007

3ª Eliminatória da Taça da Liga, Carlsberg Cup

Guimarães-0 Sporting-0
6-7 no desempate por grandes penalidades


O Sporting, como se previa, apanhou um adversário muito complicado num terreno muito hostil. Que ia ser difícil, já todos tradicionalmente o sabíamos, mas que íamos andar com a corda na garganta grande parte do jogo, não.
Apesar de tudo, Djaló num golo feito (assistência de Romagnoli) conseguiu atirar à barra e um lance em que Izmailov remata de calcanhar para uma grande defesa de Nilson e ainda outra grande oportunidade, acabaram por equilibrar a balança dos 90 mins. Embora repita, o Guimarães esteve muito mais "em cima" do Sporting!
No fim dos 90 mins, destaque para um lance em que Tiago fez uma grande defesa evitando o que seria o golo da eliminação, numa saída aos pés do avançado vimaranense. Cajuda, claro, reclamou penalty alegando "pelo que me disseram é penalty!". Resta saber se quem lhe disse precisava de óculos ou não.
Nos penaltys a vitória caiu-nos como da lotaria se tratasse, pois Tiago fez algumas boas defesas e ainda marcou o 7º do Sporting. João Alves, um ex-Leão, atirou ao lado com Tiago já batido, permitindo os Leões seguirem em frente rumo a mais um Título.
Destaque ainda para Purovic, que não marcou qualquer penalty. A falta de confiança e o bom senso de admitir que não estava preparado para o fazer, fez com que Tiago fizesse o gosto ao pé.



A ESTRELA
2 Tiago


O princípio da rotatividade que lhe permitiu voltar à baliza no lugar de Stojkovic, habitual titular, revelou-se decisivo no apuramento. Com impressionante segurança na abordagem a todos os lances, ainda evitou o golo do Guimarães com uma soberba defesa a remate de João Alves (62'), gesto que repetiu com idêntica eficácia em tentativa de Fajardo (89'). Nos penáltis do desempate, foi determinante, a defender e… a marcar.
As grandes penalidades que defendeu no desempate decisivo, batidas por Rabiola e Desmarets.

O Sporting um a um
A noite do "suplente"


3 Miguel Veloso

Foi chamado a desempenhar as funções de lateral-esquerdo e cumpriu com o exigido, impedindo que Alan tivesse espaço para incomodar o sector defensivo. No segundo tempo, passou para o meio-campo, no vértice esquerdo do recuperado losango, e manteve a bitola sóbria, mas eficiente, da sua actuação.

3 João Moutinho

No coração do sector intermédio, foi o médio de transição que permitiu ao Sporting criar lances de perigo no primeiro tempo, mas, com o passar dos minutos, perdeu, com a equipa, influência no plano ofensivo, sem deixar de se entregar ao trabalho duro na hora de defender.

2 Paredes
Falta-lhe ritmo e, sobretudo, mobilidade. Sem grande influência na manobra ofensiva, refugiou-se na experiência e no sentido posicional para fechar os espaços no meio-campo defensivo dos leões, mas, quando obrigado a maiores deslocações, chegou muitas vezes atrasado, recorrendo em excesso à falta.

3 Izmailov
Foi extremo-direito no desenho verde e branco do 4-2-3-1, posição que conhece bem dos seus tempos de futebol russo, mas não foi com a bola nos pés nem pelos corredores laterais que mais se evidenciou. Pelo contrário, mostrou instinto para preencher os espaços entre o central e o lateral contrários, aparecendo na zona de finalização. No mesmo minuto, o 28, podia ter marcado por duas vezes: primeiro, de cabeça, em excelente posição, após um cruzamento perfeito de Romagnoli, permitiu que Nilson desviasse para canto e, na sequência do mesmo, acorrendo com o calcanhar a um passe de Polga, viu o guardião vimaranense negar-lhe de novo a glória.

3 Romagnoli
Com liberdade para se deslocar e pensar à frente do meio-campo leonino, aproveitou os espaços entre linhas para criar movimentos de ruptura que estiveram na origem dos lances mais perigosos da sua equipa. Aos 4', serviu Djaló, que, de cabeça, acertou na barra e, aos 28', ofereceu a Izmailov um golo que Nilson evitou. No segundo tempo, perdeu influencia na exacta medida da perda do domínio territorial, mas nunca deixou de lutar.

2,5 Vukcevic
Encostado ao flanco esquerdo, deu nas vistas com diversos lances individuais na primeira fase da contenda, criando dificuldades a Andrezinho, mas acabou por desaparecer progressivamente do jogo, sendo substituído no decorrer da segunda parte (74').

2,5 Yannick Djaló
Trabalhou muito na frente do ataque leonino, onde aparecia como único homem de área. O desgaste sofrido pelo combate com os centrais contrários, com evidente desvantagem no plano da envergadura física, não o impediu de protagonizar a primeira grande oportunidade da noite, atirando à barra, de cabeça, após assistência de Romagnoli.

3 Abel
Estava no banco a descansar, mas foi obrigado a intervir na partida, fruto dos problemas físicos de Pereirinha. Ao nível do que tem demonstrado nesta época, concedeu de imediato maior profundidade ofensiva ao seu flanco, sem conceder espaços em missão defensiva.

1,5 Purovic
Entrou para devolver o losango ao Sporting, mas não trouxe nada de novo a um ataque onde a bola deixou de chegar com a frequência que desejaria.

1,5 Ronny
A sua entrada permitiu que Veloso regressasse ao meio-campo, sem que a equipa se ressentisse.

2,5 Pereirinha
Foi opção para a lateral direita, no intuito de conceder algum descanso a Abel, mas não fez esquecer a excelente forma do seu companheiro. Deixou-se antecipar por Desmarets num lance de perigo, mas foi salvo por uma enorme intervenção de Tonel. No plano ofensivo, demonstrou natural timidez e, no segundo tempo, acabou por sair, vítima de problemas físicos.

3 Tonel
Limitou a área de acção dos avançados vimaranenses com a simplicidade de processos e a eficácia que o caracterizam, rubricando uma exibição de bom nível. Nos lances de bola parada na área contrária, foi sempre uma ameaça a ter em conta.

3,5 Polga
A máxima autoridade leonina no sector defensivo voltou a exibir uma forma imperial no controlo dos movimentos atacantes do oponente de turno, gerindo na perfeição os tempos de entrada e a aposta na antecipação. No desempate por pontapés da marca de grande penalidade, converteu o seu com classe suprema.

P.S.(Polga continua a fazer jogão atrás de jogão, no seu momento de forma extraordinário, mas Dunga não o convoca; pior que isso, provoca-o, convoca o seu suplente no Sporting, Gladston...)

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