domingo, 27 de janeiro de 2008

16ª Jornada da "Superliga"


Académica-1 Sporting-1 (0-1 Tonel 81')

Quando tudo parecia que o Sporting estava encaminhado para uma vitória, eis que no último minuto, e após uma infantil perda de bola do jovem Luiz Paez, pavloic coloca, uma vez injustiça no marcador....


Estádio cidade de coimbra
relvado em bom estado
8 822 espectadores
Paulo Baptista [AF Portalegre]
Luís Tavares + José Braga
Vítor Campos
Académica
Treinador domingos paciência
24 Pedro Roma GR
28 Nuno Piloto LD
15 Orlando DC
4 Kaká DC
18 Vitor Vinha LE
23 Pavlovic MD
8 Paulo Sérgio MO a 56'
33 Tiero MO
17 Cris MO
11 Lito AV a 65'
7 Hélder Barbosa AV a 75'
-
1 Rui Nereu GR
30 Pedro Costa LD d 56'
5 Berger DC
10 Miguel Pedro AD
25 Ivanildo AE d 75'
2 Joeano AV d 65'
29 Gyano AV
GOLO
1-190'+4' Pavlovic
Amarelos
11' Orlando 52' Pavlovic
Sporting
Treinador PAULO BENTO
1 Rui Patrício GR
78 Abel LD
13 Tonel DC
4 Polga DC
8 Ronny LE a 75'
28 João Moutinho MD
24 Miguel Veloso MD
7 Izmailov MO a 63'
30 Romagnoli MO a 79'
10 Simon Vukcevic MO
31 Liedson AV
-
34 Stojkovic GR
26 Gladstone DC
6 Adrien MD
21 Farnerud MO d79'
88 Celsinho MO
25 Pereirinha AD d 75'
58 Luís Páez AV d 63'
GOLO
0-181' Tonel
Amarelos
24' Tonel 52' Romagnoli 73' Polga
O Sporting um a um
Nem Tonel os safou
JEAN-PAUL LARES
2,5 Rui Patrício
Estava a poucos segundos de completar o seu primeiro jogo do Campeonato sem sofrer golos quando, na sequência de um canto, foi traído por um desvio ao primeiro poste, ficando apenas a olhar enquanto a bola cruzava a pequena área rumo a Pavlovic, que fez o empate. Até então resolvera com simplicidade todos os problemas com que se deparou, com um único susto: aos 85' viu um remate de Tiero bater no ferro.
3 Abel
Implacável em missão defensiva, procurou sempre dar profundidade ao flanco com as suas subidas e representa uma das poucas armas capazes de criar roturas com base na velocidade.
3 Tonel
Não teve grandes problemas em conter as tímidas investidas dos avançados contrários e até foi ele quem incutiu a esperança dos corações sportinguistas, aos 81' cabeceando para o golo que parecia valer três pontos. No lance do empate, foi obrigado a sair da área para tentar evitar o cruzamento de Ivanildo.
2 Polga
Final de noite ingrato para o central leonino que, depois de diversas intervenções providenciais, acaba por ficar ligado ao golo do empate, uma vez que foi batido por Kaká ao primeiro poste, permitindo o desvio que concedeu o golo a Pavlovic.
1,5 Ronny
Lento sobre a bola, retardando as decisões ao ponto de as complicar, cometeu demasiados erros. Aos 24' enganou Tonel, que teve de ver um amarelo para evitar um contra-ataque perigosíssimo, naquele que é o momento que resume a sua actuação. Ineficaz na cobrança de bolas paradas.
2 Miguel Veloso
A reduzida influência exercida no início da construção da manobra ofensiva sofre agravamento pelo défice nas acções defensivas: perdeu duelos individuais em zonas perigosas e claudicou no espaço aéreo. Acabou a defesa-esquerdo.
2 Izmailov
Não estaria, provavelmente, nas melhores condições físicas e, como tal, apesar de ter iniciado o encontro da melhor forma - bom passe para Vukcevic, logo no primeiro minuto -, cedo desapareceu do jogo.
3 João Moutinho
A intensidade permanente na entrega e a agressividade nas diversas fases do jogo deviam servir de exemplo no que à receita para a recuperação anímica da equipa diz respeito. Aos 2' protagonizou um remate perigoso e, aos 81', apontou o livre que permitiu a Tonel o primeiro golo da noite.
2 Romagnoli
Noite de profunda falta de inspiração do médio argentino, que se revelou incapaz de criar os desequilíbrios que tanto aprecia, falhando ainda no momento das decisões.
3 Vukcevic
Foi, com João Moutinho, quem maior intensidade imprimiu ao futebol leonino, procurando sempre movimentos verticais e usando a pujança física para provocar duelos individuais, nos quais é difícil de travar. Excelente o cruzamento para a cabeça de Liedson, aos 69', que o 31 desperdiçou.
2,5 Liedson
Correu, defendeu, lutou e rematou, mas falta-lhe a precisão e a capacidade de antecipação dos acontecimentos que fizeram dele uma referência entre os avançados do futebol português. Desta feita as oportunidades surgiram - 32', fruto de um grande trabalho, 41', 69' e 79' - mas Pedro Roma e a falta de pontaria negaram-lhe o golo.
1 Luís Páez
Entrou aos 63' para fazer companhia a Liedson mas não conseguiu acrescentar valor ao colectivo. Fica, aliás, ligado ao tento do empate, uma vez que o lance que permite à Académica aproximar-se da baliza leonina nasceu numa perda de bola sua, que foi fruto de natural inexperiência.
1 Pereirinha
Entrou para ocupar o vértice direito do losango mas não trouxe nada de novo.
1 Farnerud
Mais agressivo do que lhe é habitual nos poucos minutos que esteve em campo.
Árbitro
Com brio e acerto
A equipa comandada por Paulo Baptista não teve problemas em ajuizar com acerto. O árbitro de Portalegre contou também com a correcção dos jogadores - teve apenas de se impor por uma vez, pondo cobro à discussão entre Pavlovic e Romagnoli - , foi bem auxiliado e esteve acertado, regra geral, nos capítulos técnico e disciplinar.
O Tribunal de O JOGO
Um pequeno lapso... e justiça disciplinar
O trio de arbitragem liderado por Paulo Baptista orientou com êxito um desafio que, só por si, também lhe facilitou a tarefa, dada a ausência de lances duvidosos ou polémicos. No capítulo disciplinar, de acordo com a opinião do painel de árbitros de O JOGO, Paulo Baptista esteve impecável, aceitando-se apenas que tivesse resolvido de forma diferente, com pedagogia, o lance que resultou com um cartão amarelo para Pavlovic e outro para Romagnoli (51'). No entanto, a exibição do trio não foi perfeita, pois deixou passar um lance do qual poderia resultar um livre directo perigoso, a favor da Académica (3').
O CASO
3' Hélder Barbosa cai, à entrada da área do Sporting, entre dois rivais. Sofreu falta?
JORGE COROADO
-
Há um jogador do Sporting que, rodopiando, com a perna esquerda derrubou o atleta da Académica. Provavelmente o árbitro terá entendido que forçou passagem e deixou-se cair, o que não foi bem assim. Justificava-se livre directo porque a falta foi cometida fora da área.
SOARES DIAS
-
Havia motivos para marcar livre directo, porque a falta foi cometida fora da área. O árbitro pode não se ter apercebido, pelo aglomerado de jogadores, mas ficou uma falta por marcar contra o Sporting.
ROSA SANTOS
-
O jogador da Académica foi tocado por um adversário, situação que o árbitro não levou em consideração. Errou, pois devia ter assinalado livre directo.
ANTÓNIO ROLA
-
O árbitro interpretou que foi o jogador da Académica que forçou o contacto. No entanto, podemos observar pelas imagens da televisão que o jogador do Sporting rasteirou o adversário. Logo, ficou por marcar um livre directo à entrada da área de grande penalidade.
OUTROS CASOS
11' Agarrão de Orlando a Vukcevic justificava cartão amarelo?
24' Tonel mereceu cartão amarelo por obstrução a Lito?
51' Desentendimento entre Pavlovic e Romagnoli acabou com dois cartões amarelos. Esteve bem o árbitro, ou devia ter resolvido a situação com o diálogo?
73' Rasteira por trás de Polga a Kaká merecia mais que um cartão amarelo?
JORGE COROADO
+
Orlando não tinha possibilidade de jogar a bola, por ter sido batido em velocidade pelo adversário. Agarrando o braço derrubou-o em comportamento antidesportivo, justificando o livre directo e o cartão amarelo.
+
A obstrução com contacto físico que Tonel efectuou foi bem punida pelo árbitro com o pontapé livre directo e a correspondente exibição do cartão amarelo. À distância da área a que ocorreu a infracção o cartão apropriado foi o exibido.
+
Os dois tiveram uma atitude antidesportiva. Foi o árbitro cumpridor do código de jogo exibindo o amarelo a ambos. Contudo, se tivesse optado apenas por uma chamada de atenção, nada teria perdido. Considera-se no entanto correcta a sua acção.
+
A falta cometida por Polga, em recurso, embora por trás, apenas impunha e exigia a exibição do cartão amarelo, ao que o árbitro muito bem cumpriu.
SOARES DIAS
+
Bem exibido o cartão amarelo, porque Orlando agarra Vukcevic de forma clara e objectiva. Portanto, nada a dizer da falta e do cartão amarelo. A lei diz que tem de ser advertido.
+
Amarelo bem exibido. Há obstrução, com contacto físico. Naquela zona do terreno não é situação prevista para se mostrar o cartão vermelho, porque está muito longe da baliza. O amarelo ajusta-se.
+
Bem exibido aos dois jogadores. Pegaram-se e o árbitro fez bem em apagar o fogo com dois amarelos, porque não se podia exigir mais. Amarelos serenaram os ânimos, pois estavam a exceder-se.
+
O Polga rasteira por trás, ligeiramente, o Kaká, numa zona que poderia criar perigo e numa jogada prometedora. Cartão amarelo muito bem exibido, não se justificava mais.
ROSA SANTOS
+
Sim. Agarrão é cartão amarelo. Impediu uma jogada que podia ser perigosa.
+
Foi impedimento físico e correspondente cartão amarelo. Mas também posso dizer que é uma entrada violenta do Tonel, com cotovelada no peito do adversário, ou seja, cartão vermelho e expulsão. Tonel atirou-se para o chão após fazer a falta, o que dá a entender que esperava também uma atitude mais rigorosa.
+
A lei é feita para beneficiar o infractor... A lei dizque tem de ser os dois advertidos e o árbitro fez cumprir as leis. Esta é uma lacuna nas leis.
+
Foi uma entrada por trás, não joga a bola e impede jogada de perigo. Como tal, bem exibido o cartão amarelo. Não poderia ser cartão vermelho.
ANTÓNIO ROLA
+
Sim. Orlando, de uma forma ostensiva, sem qualquer intenção de jogar a bola, agarrou o adversário. Bem o árbitro ao sancionar a falta técnica e a exibição do cartão amarelo ao jogador.
+
Tonel fez efectivamente obstrução com contacto físico, cortando assim uma jogada de muito perigo. Dada a distância para a baliza, e porque o jogador não estava completamente enquadrado com a mesma para obter golo, esteve bem o árbitro a exibir somente o cartão amarelo ao jogador do Sporting.
+
Aqui o árbitro tinha duas hipóteses de actuar: ou fazia advertência verbal, usando alguma pedagogia, ou neste caso entender como comportamento incorrecto ou antidesportivo a atitude dos jogadores e exibir-lhes o cartão amarelo. Optou o árbitro pela segunda opção, e aceita-se a decisão.
+
Polga, sem qualquer hipótese de jogar a bola, rasteirou o adversário sem que tenha cometido a falta que se designa "entrada por trás de forma perigosa". Esteve bem, o árbitro, em exibir somente o cartão amarelo ao jogador do Sporting.

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